
Saiu sozinha, voltou sozinha, como poucos faziam. Na noite eram tantos estrangeiros que adoravam o Brasil, tanto quanto brasileiros `a rodearem sua saia. Nenhum deles tocou seu coracao, um segundo se quer. Um deles, alcancou seu pensamento, provocou-lhe um sorriso sincero, mas estava, como ela, tao livre, que se esqueceram despedida. Ela voltava pra casa suada de tanto dancar e pensava como era fácil ser livre ao avesso, era mesmo a cara da Irlanda, país em crise, jorrando empregos voláteis, tristes, como os fins de noite. Pessoas quase desesperadas `a procura de alguém. Independencia de fachada, povo de felicidade fugaz. Como era fácil ser mais uma. Ela queria experimentar, mas se ao menos nos olhos a vissem...nao, nao... teria que confundir repulsa com desejo...poderia até outro dia tentar, mas nessa noite nao, estava bebada de vida...e ele falava e ela nem ai praquele blablablá, mas escutava, porque lhe interessava saber no que ele era bom...Sem sono, resolvera terminar a noite escrevendo.
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