domingo, 20 de novembro de 2011

Uma rosa morreu...

Hoje, deixei minha rosa aos cuidados do rio Liffey, para que ele a conduzisse `as profundezas do mar, onde repousa o pensamento do mundo, onde o amor costuma cantar...Sim, hoje minha rosa mora no rio e nao mais ezala seu perfume em meu quarto. Suas pétalas outrora de vermelho esmeralda, seguem umido escarlate depois de seu último sopro. Talvez quem esteja lendo se pergunte o que tem a ver a rosa em cheirobranco? Pois bem, explico. Tudo comecou com um sonho, eu durmia num quarto qualquer, onde ao lado da cama uma rosa vivia. Despertei em meu sonho sem saber onde estava e o que fazia por ali. Alguém segurava com forca meus bracos e eu comecava a sentir medo.
O medo-> a impotencia -> o descontrole-> a raiva! Eu implorava pra sair de lá, conversando com uma outra parte minha eu pedia, pedia e dizia que eu sabia que era importante estar ali, mas estava difícil e eu queria acordar. A raiva aumentava e levantei a mao pra bater na rosa, destracalhando suas pétalas de luz e entao acordei, voltei pra esse nosso mundo e envergonhada percebi o que tinha feito, a raiva era minha e quem sofreu foi a rosa, que estava ali apenas para me fazer amar. Nesse dia, entendi uma faceta delicado do amor e que nada, nem ninguem merecia sofrer por meus caprichos. Sai mais cedo pra rua pra procurar a minha rosa e cuidá-la até os nossos últimos dias. Nossa rotina se dava assim: eu levantava de manha, lhe fazia um afago e antes de ir pro trabalho deixava ela na porta de casa com um bilhete dizendo: Rosa da Daniele, apenas para pegar um ar e um sol. E quando eu voltava pra casa, dava-lhe um cheiro e a recolhia pra dentro, quando nao já o tinham recolhido. Certo dia, um dos moradores veio me perguntar quem era "o apaixonado" que todo dia deixava uma rosa em meu nome. Sorrindo lhe disse que quem amava era eu.
obs.: Inspiracao de pequeno principe: "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas."

Um comentário:

  1. somewhere i have never traveled, gladly beyond
    any experience, your eyes have their silence:
    in your most frail gesture are things which enclose me,
    or which i cannot touch because they are too near

    your slightest look easily will unclose me
    though i have closed myself as fingers,
    you open always petal by petal myself as Spring opens
    (touching skilfully, mysteriously) her first rose

    or if your wish be to close me, i and
    my life will shut very beautifully, suddenly,
    as when the heart of this flower imagines
    the snow carefully everywhere descending;

    nothing which we are to perceive in this world equals
    the power of your intense fragility: whose texture
    compels me with the colour of its countries,
    rendering death and forever with each breathing

    (i do not know what it is about you that closes
    and opens;only something in me understands
    the voice of your eyes is deeper than all roses)
    nobody, not even the rain, has such small hands

    e.e.cummings

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