domingo, 11 de dezembro de 2011

Feito verde-calmaria...

Quarto pintado, cheirando a pessego, os móveis escolhendo seu lugar exato, dando espaco pro vazio habitar no centro da cancao. Cada dia que eu pintava, me causava tamanho envolvimento que percorriam em mim pensamentos alheios...sensacoes das mais diversas...oportunidade de emparelhamento.
Quarto quase pronto, um ou outro toque, entre lembrancas e desejos, sorriso no peito `a espera de que tá chegando- sossego-coracao, e a mao gelado-vermelha de quem comeca a desconfiar do fim do outono. O frio da rua deixou minhas maos frágeis e endurecidas, tentei abrir a porta de casa, realizei estupefada, nao tinha forcas, o sangue nao circulava, estava frio e eu nao percebia, já nao sentia minhas maos. Foi para mim mais uma descoberta, chegar em casa, abrir a torneira na agua fria e dar vida as minhas maos, alguém me disse!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Passeio pela frança...

Cheguei em Nantes, parecendo turista daqueles mais destrambelhado, e que nunca pisou em solo frances...Euforica, tentava conter o sorriso ao andar pelas ruas, de volta a uma das cidades que mais me encantou neste país, querendo falar frances, pensando em ingles, rindo em portugues...As frases nao me viam, era tanta emocao- de medo/receio, excitacao/desejo, um desassosego que me levava passado e me voltava futuro. Respirei. Respirei. Andei. Re-conheci lugares. Escolhi uma Brasserie pro café da manha..Chovia e eu estava tao atravessada que pedi pra moça um café, e ela viu minha inquietaçao e sem nada indagar me ofereceu um lugar pra sentar. Quando recuperei o folego pra falar, ela já vinha com o café na bandeja, daqueles do tipo mini-café, arretado mesmo, forte! com pedacinho de chocolote. E eu silencio...queria atitude, mas me vinha timmidez...tudo bem, decidi que comeria depois, em outro lugar, talvez no trem. Abri o jornal, que ganhei na rua de um moço que queria me dar tres, comecei a ler. No entanto, a ebuliçao que tinha em meu peito estava tao viva que nenhuma reportagem me interessava, eu lia as palavras e continuava olhando pra dentro, centrada em minhas emoçoes, feito quando criança em que meu pai pedia pra eu dizer o que tinha entendido da reportagem e eu nao sabia nada dizer...mas é que se ele perguntasse o que eu estava sentindo enquanto eu tentava ler a reportagem, descreveria em nitidos rascunhos todas as minhas emoçoes. Parei de procurar no jornal o que eu nem queria ler e voltei a sentir...Chegando e Rennes, depois de 1h e meia de viajem, ninguém me esperava. Pensei: esse negócio de mandar msg de celular pra outro país ainda é coisa que preciso pegar a mãnha! Monica não teria recebido a mensagem...entre comprar um cartão telefonico e descobrir como chegar na casa, decidi o que me parecoa mais prazeroso...cheguei na casa e por sorte a Mo estava lá. Foi um abraço gostoso, quase normal, de quem tá longe e perto ao mesmo tempo. Conversa aqui, conversa ali...tantas mudancas em mim percebidas ao compartilhar meu tempo com ela...um pouco de filosofia, análise de sentimentos, sensaçoes, entraves na vida, jeito nosso de ser..Feliz de ter ido, de te-los por perto...vontade mais forte de seguir a caminhada sem fim...e com ela o medo de esquecer de quem amo...sonhos...sonhos sao destinos...Já no aeroporto, minutos antes do embarque, aliviada de despachar a mala que vim buscar, com 19.8Kg e de ter feito um cambalacho na mochila de mao que pesava 11Kg, dos 10kg permitido. A aeromoça chama pro embarque, tem fila, é hora de partir, simbora!! todo mundo de passaporte vermelho e eu mostro o azul, também nem queria...preferiria daqueles do tipo colorido, escrito em cima "só pra quem sabe viver...

França...

...quando eu penso em português...

Comida Coreana

Num fim de semana desses estava entretida no meu quarto quando meus flatmates me chamaram pra almocar com eles. Achei super bacana a idéia e fui...livre pra experimentar! Serviram meu prato com arroz lilás, de nome Ogokbap, e macarrao bem fino e macio, feito de soja, Harusame, com carne de frango. Eu toda curiosa e euforica enchi a boca de comida, já um pouco habituada com a pimenta irlandesa achei que dava conta, mas foi demais!! Naquela hora deve ter saído faísca dos meus ouvidos..auauuaua, quanto fogo!...e eles me explicavam que era saudável, regulava o intestino e limpava os pulmoes. Dois minutos e nossos narizes comecaram a escorrer. Isso era bom! mas eu precisava ir aos poucos...fiquei no arroz...e a gente conversava...existe uma tradicao na Coreia do Sul de oferecer comida aos vizinhos, conhecidos, parentes e amigos, quando dá vontade... isso acontece de vez enquanto, nao existe uma data certa, pelo que eu entendi a data vem do coracao...eh simples, uma mae de familia comeca a cozinhar, dai no ato de fazer a comida ela lembra de fulano, e faz um pouco mais, depois lembra do ciclano, e acrescenta um cadinho a mais, daí também tem o cicrano que tem dois filhos, nossa e o beltrano....e quando ve foi feito uma panela gigante de comida pra todo mundo desfrutar!! sabe se lá se nao é daí que vem o ditado "igual coracao de mae sempre cabe um a mais"...e nesse dia, sem me avisar, sem saber se eu já tinha almocado, veio neles a vontade de me oferecer um prato de comida. Eu que nao estava com fome, aceitei pra saber no que ia dar...(a foto foi antes de comer e o porque do sorriso- a expectativa, rs, depois...água).

domingo, 20 de novembro de 2011

lá pelas 5h da manha...

Saiu sozinha, voltou sozinha, como poucos faziam. Na noite eram tantos estrangeiros que adoravam o Brasil, tanto quanto brasileiros `a rodearem sua saia. Nenhum deles tocou seu coracao, um segundo se quer. Um deles, alcancou seu pensamento, provocou-lhe um sorriso sincero, mas estava, como ela, tao livre, que se esqueceram despedida. Ela voltava pra casa suada de tanto dancar e pensava como era fácil ser livre ao avesso, era mesmo a cara da Irlanda, país em crise, jorrando empregos voláteis, tristes, como os fins de noite. Pessoas quase desesperadas `a procura de alguém. Independencia de fachada, povo de felicidade fugaz. Como era fácil ser mais uma. Ela queria experimentar, mas se ao menos nos olhos a vissem...nao, nao... teria que confundir repulsa com desejo...poderia até outro dia tentar, mas nessa noite nao, estava bebada de vida...e ele falava e ela nem ai praquele blablablá, mas escutava, porque lhe interessava saber no que ele era bom...Sem sono, resolvera terminar a noite escrevendo.

quando ela se maqueia...

em frente ao espelho ela comeca a montar o jogo, de peca em peca vai encontrando desejos, desmestificando cenarios, provando outros vicios...risadas, dialogos...um gole, um trago...e ela sai escolhendo o que quer que os outros nao vejam... brincando menina, seduzindo mulher... eterrnamente menina quase sempre mulher!

Uma rosa morreu...

Hoje, deixei minha rosa aos cuidados do rio Liffey, para que ele a conduzisse `as profundezas do mar, onde repousa o pensamento do mundo, onde o amor costuma cantar...Sim, hoje minha rosa mora no rio e nao mais ezala seu perfume em meu quarto. Suas pétalas outrora de vermelho esmeralda, seguem umido escarlate depois de seu último sopro. Talvez quem esteja lendo se pergunte o que tem a ver a rosa em cheirobranco? Pois bem, explico. Tudo comecou com um sonho, eu durmia num quarto qualquer, onde ao lado da cama uma rosa vivia. Despertei em meu sonho sem saber onde estava e o que fazia por ali. Alguém segurava com forca meus bracos e eu comecava a sentir medo.
O medo-> a impotencia -> o descontrole-> a raiva! Eu implorava pra sair de lá, conversando com uma outra parte minha eu pedia, pedia e dizia que eu sabia que era importante estar ali, mas estava difícil e eu queria acordar. A raiva aumentava e levantei a mao pra bater na rosa, destracalhando suas pétalas de luz e entao acordei, voltei pra esse nosso mundo e envergonhada percebi o que tinha feito, a raiva era minha e quem sofreu foi a rosa, que estava ali apenas para me fazer amar. Nesse dia, entendi uma faceta delicado do amor e que nada, nem ninguem merecia sofrer por meus caprichos. Sai mais cedo pra rua pra procurar a minha rosa e cuidá-la até os nossos últimos dias. Nossa rotina se dava assim: eu levantava de manha, lhe fazia um afago e antes de ir pro trabalho deixava ela na porta de casa com um bilhete dizendo: Rosa da Daniele, apenas para pegar um ar e um sol. E quando eu voltava pra casa, dava-lhe um cheiro e a recolhia pra dentro, quando nao já o tinham recolhido. Certo dia, um dos moradores veio me perguntar quem era "o apaixonado" que todo dia deixava uma rosa em meu nome. Sorrindo lhe disse que quem amava era eu.
obs.: Inspiracao de pequeno principe: "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas."

E brasileira tem olhos azuis, cabelos louros e pele clara?


głosów i Poloneza? Sind Sie Deutscher? Skandinavisk er du? Vous etes francaise? Вы русский? Čeština je vám? Poloneza? Alema? Scandinava? Francesa? Russa? Checa? Brasileira? E ela de coracao verde e sorriso amarelo responde Yes!...Oww I love Brazil. Football!! Football!! Quando nao, cansada de tantos palpites arisca Oui, Je suis francaise, e imita elegancia, ou entao Yeah, I am polish, faz um drama e continua falando ingles. Pois de que adianta saber onde vieram seus sonhos, em que areias pisaram seus pes ou quais os ventos lhe sobraram destino, se quando ela chega, toda história se desfaz, nao porque ela queria, tentara outras vezes historicizar, mas é que agora um jeito des-humano, des-pretencioso, des-alienado, quase superficial a leva pras festas. E os poloneses a contemplam simples ser-estar. Virgem de cultura, nao ousa responder perguntas do tipo que lingua voces falam? ainda tem indios por la?... Ahhh...europeus, tao cheios de glamoures, reverencias, estátuas de marmore pelas ruas, trombetas exaltado velho mundo, esquecem o que outrora foi colonia, que o grito do ipiranga nasceu de pele clara, que indepencia ou morte nao veio dos tupis, embora soubesse ferir. Pois que agora sou do mundo, tenho os olhos `avidos de vida, os cabelos cumpridos de labuta e a pele desinibida...

sábado, 19 de novembro de 2011

'Pra me danar por esta estrada...'


Liberdade é coisa séria. Todo mundo deseja, mas ninguém consegue por ela viver. Perdidos em devaneios continuamos tentando, ora passado, ora futuro. Quando se basta um simples saber morrer, nem antes, nem depois, Agora 'mundo a fora ir embora sem sair do meu lugar.'Liberdade

domingo, 6 de novembro de 2011

Howth


Hoje cedo escolhi ver o mar, na companhia de quem me quisesse por perto. E antes mesmo de lan'car o convite a um ou outro querido, a história já montara a mente em minha cena, e a imagem era ela, somente ela só, toda sua caminhando pela rua. De trem e pensamentos cheios, tantos estrangeiros a desejar algumas horas em torno do mar...Cheguei sentindo sentimento e ao sair da esta'cao, ahhh que eu encontro o encantamento, cidadezinha aconchegante, repleta de pequenos detalhes enfeitando a península de Howth, a 15km de Dublin. Dia de sol e friozinho agradável, de vento em bossa nova tocando delicado as paredes do céu, deixando o sol envergonhado e o mar arrepiado...Tive receio..e o cuidado de partir antes que a lua toda brilhasse, pois que fiquei o dia repartida entre sensa'coes e pensamentos alheios que tamanha beleza poderia meus olhos cegar...

sábado, 5 de novembro de 2011

Curso de Meditacao Vipassana em Wikclow

Foram 3 dias de intenso contato com o  indispensável da vida: amar e trabalhar. De colocar a atencao em cada movimento do corpo, em cada sensacao-sentimento, de estar consciente até mesmo em sonhos e descobrir que a estrada é mais longa do que possa ante-ver...observar, lapidar relacoes, comportamentos, ser e estar o mais próximo do agora, deixando escoar  pensamentos... leves, sorrateiros, profundos, renitentes... aceitar, driblar  pequenos entraves na cozinha, sentar... meditar, deixar-se suspender em tempo e espaco ... e esvaziada,  a mente testemunha os desejos, e o corpo segue leviano de volta pra casa.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Seguindo o passo...

Vontade de retirada...daqui desse momento do meu olhar pra fora...o foco é sempre o mesmo, o agora e o infinito só o que me interessa...o caos no pensamento, o coracao pulsando silencio e o tempo merecido trazendo de volta só o que me interessa. Pensava em seguir pra fora da rotina, qualquer lugar que me alcanca-se um simples chegar e partir.. submergir pensamentos, esvaziar,  ressaltar sentimentos, preencher, encontrar a paz na solidao...e a proposta me chega em boa hora. Agradecida sigo viajem, Centro de Meditacao Dipa, deixo pra traz fantasias, festas, hallowen..imprevistos..é preciso estar preparado? Nao! apenas saber o que interessa!  e o tempo outro em mim me chama, o vento sobra ao meu favor, reconhecendo estradas inteiras, o alcance da promessa.  As vezes eu pré-sinto... 

Tem chuva que molha...tem chuva que inunda!

Dublin meia-noite, nesta última segunda-feira, foto tirada a 50m da minha casa..Fama de cidade chuvosa, e de muita gente desgostosa desse tempo que chove dia sim, dia nao...e no entanto de muita gente desinteressa com a chuva molhando devagarinho, habituados talvez, continuam seus afazeres, com ou sem guarda-chuva, caminhando pra lá e pra cá, nao cabendo nada parecido com: ahh hoje tá chovendo, vamos deixar pra amanha...Aqui a coisa nao para, a chuva acontece e vida segue...  Quando cheguei aqui, choveu os 4 primeiros dias sem parar, de chuva branda, comecei a acreditar que seriam assim todos os dias, ainda que tinham me dito que chuvia bastante por aqui, mas de bastante pra todo dia, tem alguns bons dias de sol...Aos poucos fui descobrindo que sim chove muuuito, e entao comecei a desfrutar! e meus preciosos dias de sol se tornaram mais belos tanto quanto o gosto pela chuva caindo se tornara mais intenso...mas a chuva dessa segunda foi daquelas raras por aqui, que deixa carinhas tristes pela ruas, gente preocupada, que precisa de transporte publico, que tem que largar o carro no meio daquela agua todo, feito Brasil, que certamente descreveria com outros sentimentos, algo mais proximo do cansaco, do desespero..Pois que uma longa noite de trabalho e quase tudo regularizado na manha seguinte!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dia daqueles do tipo: o universo conspira!

Pra quem me acompanha, que venha! Pois essa é daquelas: só acontece comigo! Tantos sanduiches feitos pra diferentes pessoas que pedem todo dia o mesmo pao, o mesmo molho, o mesmo recheio... salvo aqueles dias que ah a gente acorda querendo mudar, e entao escolher fazer o que fazia de um jeitinho um pouuquinho diferente, como eu...Essa é a história de um Sr. que tem me ensinado muito! Fiz o seu primerio sanduiche há uns dois meses atrás, pao nigella- detalhe: toast first, guacamole de molho, salmao defumado e salada de repolho! Pois que esses dias atrás uma guria que trabalhou comigo tostou o pao dele sem cortar, e ele fez cara feia, to tipo que diz: nao sabe o que faz..dias depois ele veio pedir o "mesmo" sanduiche pra mim...estava num dia muito ocupado (busy!) e eu trabalhando do lado da minha chefe, mas como eu sabia o que ele iria pedir, entao supostamente facil, no entanto meus pensamentos numa velocidade acelerada chegavam do tipo: faltava eu fazer alguma coisa "errada" diga-se destranbelhada, justo com esse sujeito! hoje do lado da minha chefe!! O universo como sempre em prontidao... sanduiche pronto, perfeito, delicioso, quer dizer, nao seria o que eu escolheria, mas vai...no momento de entregar pra ele, metade do sanduiche caiu no chao, como a gente nao pergunta, aceita! lembra?! sempre aceita...minha chefe ficou vermelha na hora, e eu nesse descompasso falar ingles só se fosse sorry, so sorry, really sorry. Fiz outro sanduiche e levei na mesa dele. E ele com uma certa a-tencao agradeceu. Passou! Outro dia cortei o tal pao, que ele já chega chamando de amigo -please my friend- torto...foi uma cara feia...mas tudo bem! Hoje ele fez o pedido, e eu estava num dos meus melhores dias, coracao calmo, tranquila, desfrutando de cada detalhe que me vinha! Fiz o tal sanduiche, dei uma risada pra ele, perguntei como ele estava...conversa simples, casual. Terminei o servico, foi até o ponto de onibus do centro empresarial, e curiosa pra devolver uma ligacao que tinha recebido de uma proposta de emprego, telefone na mao, cafe e guarda-chuva na outra, sim chuvinha muito! Subi no mini-onibus falando em inlges sobre a proposta, mas pra subir eu tinha que fechar o guarda-chuva com o cafe na mesma mao...dificil descrever, resumo, o café caiu na pasta do primeiro que estava sentado, no mesmo momento desliguei o telefone e levantei a cabeca para olhar nos olhos da pessoa que derrubei o café e pedir sorry..a mas quando meus olhos cruzaram com os dele. Nao pude acreditar, foi aquela cara feia! No entanto como eu estava sem uniforme, sem boné, de cabelo solto nao sei se ele viu em meus olhos, o que eu vi em seus. Eu já nao mais funcionaria, simples pessoa, falaria o que, limparia com o que todo aquele café..deixei minha mochila no banco de traz e peguei a minha toca de frio e, nao sei se como pessoa ou funcionaria, limpei toda aquele capuccino derramado. Sentei no banco e perguntei: junto esse sujeito?! Como assim?!! Nunca cruzei com ele na hora de ir embora! e sem mais demora comecei a dar risada, risada...e agradecer, pois que alguma coisa ali o universo tinha tocado! Fiz um pouquinho diferente nesse dia, sanduiche perfeito, funcionaria 10. e destrambelhada no caminho. Como quando num dia desses, minha chefe trabalhando ao meu lado queimou e derrubou os sanduiches que ela preparava. Ahhh, coicidencias! como diz Gung Fu Panda: nao existem acidentes! ;)

domingo, 16 de outubro de 2011

Chimarrao no parque

'A 5 minutos de casa e ja estou neste imenso e belo parque...tomando um saudoso chimarrao,  um escrito aqui outro ali, um livro com essencial dicionário, alguma comida pra beliscar e pronto está feita a tarde! De sol e longas nuvens, desfrutava os instantes sozinha, quando um ou outro curioso se interessava pelo meu mate...de sangue latino americano, argentina, uruguai...um encontro casual, onde se fala um pouco do clima, da vida que se leva, das historias já vividas...um breve adeus e cada um segue no seu passo o seu caminho...ahhh ser-estar.

dia de domingo

Ahhh domingo!! Aqui ou em qualquer parte desse mundo, dia de descanso, de dormir até a cama te expulsar, acordar com remela e levantar devagarinho...de fazer  o que dá na telha, sem pressa pra nada e agradecer o dia lindo que fez em Dublin, em meados de outubro...poder ir ao parque de chinelo deixando os pés ao dominios do vento.

Garoando...


Noite iluminada, de postura fina em chuva branda, habitos do céu de Dublin...sai de casa para caminhar, encontrar paisagens que pudessem registrar meus sentimentos. Domingo de calma, sem muito movimento, resquícios de seus badalados dias pregressos. Um ou outro peregrino pelas ruas, como eu a desfrutar os ares umidos dessa dama de negros olhos e charme noturno, bela Dublin!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Desfrutar o instante que passa

Todos os dias como se fosse o último da minha vida, como se fosse a última respira'cao, o último encontro...nada de tao trágico neste pensar, apenas um joguete com a mente pra que siga atenta ao tempo que passa e nao volta mais...nunca mais! Para que enquanto se habitua `a fazer do tempo o último e o primeiro, o sempre novo e derradeiro acontecer, a mente aos poucos ceda o lugar primeiro ao aquem...Pois que hoje decidi nao trabalhar, alguma coisa em mim queria abandonar, deixar correr os pensamentos, nao dar trela a esse bla bla bla que me azucrina. Sentir! Resolvi sentir...dei uma desculpa qualquer pro meu segundo emprego, pois que sim, tenho dois, ainda presa a tais desejos. Escolhi um restaurante na beira do rio, pedi um café e abri meu livro: Cem anos de solidao, sim estou lendo Gabriel Garcia Marquez, que escolheu o seu melhor. Entre uma pagina e outra, sensacoes, sentimentos, configuracoes de pensamentos. Re-organizando o tempo, sabendo necessario mais uma vez  silencio, fazendo merecer minha viagem! Nao me perguntar porque senti vontade de nao ir, nao ir contra o coracao, aceitar a intui'cao... devagar, cada vez mais lúcida.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Conheça-te a ti mesmo.

Jamais pensei que procurar uma casa para morar  causasse em mim tamanha descoberta. Sim, essa é a palavra, des-coberta, pois que comecei a procurar um outro espaço que me trouxesse novamente aquele estranhamento que faz a vida seguir em lentos pensamentos, como as àguas calmas e translúcidas do rio,  que faz chegar o silencio onde nem sempre está.  E como quem sabe o que procura, deixando por vezes passar as entrelhinhas, olhei a primeira casa, olhei a segunda, a terceira....nada me satisfazia! Ou era longe do centro, ou era  o quarto pequeno, ou era a quantidade de brasileiros, ou a sujeira da casa, ou ou ou....quando já cansada, domingo de meio dia,  dia em que eu precisava deixar a casa antiga, descobri que não era casa alguma que eu procurava, o que em mim batia a porta era de novo a mesma questão, latejante, me trazendo de volta pro lugar onde em mim, me sinto em casa:   minhas sensações, sentimentos, pensamentos, jeitos de agir e  antes mesmo de conhecer a casa que escolhi para deixar minhas bagagens, comer, tomar um banho e dormir, algo em mim dizia que a procura pela casa nova tinha terminado. Não me importei com nada, se era limpa, se era longe,    ou quem eram as pessoas, queria apenas trazer a mudança, tomar um banho e descansar.  Procurar a  casa era só um jeito outro de continuar a mesma jornada, a mesma busca interior, o caminho sem volta.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Efemero...




Enquanto meus passos seguem claros, por vezes embriagados vou descobrindo beleza em cada encontro-cora'cao. Um passo aque'm e todas ideias se desmoronam, ficando apenas a sensa'cao de ser. Estar em mim e me entregar ao mar, ao fluxo mesmo do que esta por chegar, querer nao recuar, avanc'ar! Partilhar a eternidade d'um retrato inesperado...
Aceitar o breve instante, deixar passar...

Cidade de belas nuvens- Dublin








...bando de nuvens que passam ligeiras...pra onde 'e que elas vao?... a caminho da praia... seguimos com elas... entre sol e chuva, a alegria de um dia de folga, mais do que isso, dia pra desfrutar a beleza de um tempo que 'e nosso!

Figurantes no parque...





Um olhar em busca de um instante-reflexo que retratasse o que em mim era vida. Um fundo negro-inconsciente na clara luz de verde - domingo ... poucas palavras, o andar des-apressado e a vontade curta de ler sentindo arvore como quem nao demora a partir. Do outro lado da ponte um clic guardando pra sempre a paisagem de domingo em mim.

Bloco de carnaval de rua em plena Dublin



Acordei com saudades de ouvir o samba da minha terra, e sem demora escolhi Clara Nunes pra acompanhar meu caf'e da manha. Ahh, que tarde que me deu este preludio! ...a caminho do parque o som dos tambores e o corpo quase sem querer comec'ando a danc'ar... Carnaval by gringos... foi demais ver o gingado no corpo de outra cultura, que sem duvida cantava o samba-enredo com algum sangue latino.


Quiche de alho por'o









uma vontade de cozinhar, aproveitar a fome e criar...algumas instru'coes, um toque aqui outro ali...e o simples cotidiano enchendo meu cora'cao de vida, era uma alegria soh! adoro isso!!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

estranha em dia de chuva...








...tenho sentido falta daquele estado outro que é ser estranho, estranho em mim, estranho no outro, estranho ligeiro, estrangeiro, de passar des-percebido, de ser apenas mais uma segurando o guarda-chuva... "Não demora eu tô de volta, já deu minha hora não posso ficar, a lua me chama e eu tenho que ir pra rua..." seguir por esta estrada desconhecida que é o cerne mesmo da minha partida. Por agora ainda não vejo saídas, talvez por que continuo pensando os mesmos caminhos... Suspendendo -> chegar e partir. não não não... Não demora eu tô de volta. Tchau

em casa...











Nas horas de folga aproveito o tempo para custurar para os flatmates. Ao mesmo tempo que me divirto, aprendo e dou uma forcinha pra galera. ;)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Clifs Moher- Galway/Irlanda















Uau! que fundo... vou pular nao...agora nao...

Clifs Moher- Galway/Irlanda







A caminho do fim...

Viajantes- Galway/Irlanda








Galerinha gente fina!! Brasileiros pelo mundo, trabalhando side by side...suando a camisa por vontade de viver...experienciar...abrir espacos e seguir com outros passos...

Voces-> vivos em mim!

Clifs Moher- Galway/Irlanda











Ahh sensa'cao de liberdade, desejo e medo de seguir em frente...

Clifs Moher- Galway/Irlanda










Como quem sente o gosto da brisa do mar pressiono os l'abios s'o pra saborear o fundinho de sal que resulta deste encontro mesmo que 'e viver e sonhar...

Clifs of Moher - Galway/Irlanda







As palavras nao chegam e a sensa'cao de ainda estar por la alimenta minha vontade de expressar a imensidao que vi-senti neste pedaco de terra...a vida inteira existia em mim e o pensamento tentava apalpar qualquer detalhe que pudesse no outro comunicar o que em mim era estar...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Abracando o vento....









Atenta e entregue ao movimento...sentindo o vento passar pelos poros do corpo, nos fios dos cabelos cada vez mais compridos e o coracao quase sentindo qualquer coisa a caminho do paz...

Saboreando









...admirando a transicao... dos passos meus tenho reconhecido satisfacao e uma alegria quase nua de escuridao. Dividir espacos perpetuando vazios que em mim seguem inteiros, eis o que tenho vivido!

Galway- Irlanda

Depois de 7 dias trabalhando num evento de corrida de cavalos... limpando a sujeira dos outros, ganhando gorjeta das madames, suando a camisa, no oitavo dia descansei. Junto com companheiros de viajem a caminho dos Clifs...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Toda minha...


...aproveitando a noite...flutuando nas entrelinhas, re-conhecendo leveza, merecendo viver!

sábado, 23 de julho de 2011

Noite em Dublin




























...depois de um longo dia de caminhada, procuras e tentativas, nada mais merecido que gastar as horas contemplando os olhos negros desse pedaco de terra, de heranca catolica, lembrancas celticas e sobretudo detalhes em negro-ferro. Em sentimento me vem bravura, solidez e verde-vida.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Casa Nova - Dublin

...algumas horas de convivência... percebo que outras partes em mim serão precisas! E me surpreendo mais uma vez o quanto me desfaço para entrar no mundo d'outro alguém. Ainda não entendo o porque do espaço, mas diferente de outrora, agora vejo qualidade nesse passo.
Sigo tentando permanecer e encontrar o ponto que em mim decidi sair, facilitando casa nova.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ruas de Dublin-Irlanda



...andando pelas ruas à procura de um olhar... um contato... um ponto em comum... que me traga o que em mim é urgência



...5...10...15km caminhando, fazendo acontecer!



na chuva...pedindo informação a cada duas curvas, as vezes só por pedir, pra escutar uma outra voz, um outro jeito de explicar a mesma coisa...só pra confirmar a hospitalidade do povo Irish...agradecida seguia sorrindo, andando pelas ruas...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dia de pizza



by Dani-Beattles and another gays

Phoenix Park- Dublin/Irlanda



Considerado um dos maiores parque cercados da

Europa, com 712 hectares,

natureza esbanjando harmonia, muitas pessoas caminhando, esquilos, viados, pássaros, crianças...

Vida!

Dublin- Irlanda



Sinal vermelho, tempo fechado, prelúdio d'aurora chegando...Simples asssim, o que vem, um dia se esvai. Sol e chuva...entremeios...sol e chuva. Sinto a mudança surgindo novamente, talvez eu a esteja procurando. Não sei... Ela vem! e eu, aceito?

aprendo...respeito o passo...compasso.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Phoenix Park - Dublin



leve como leve pluma...


leve, muito leve, leve, pousa...

Terra de duendes- Irlanda/Dublin



de singular encantamento...

fantasias, histórias...

vestígios dos celtas...

Terra de duendes... Dublin

Nestas àrvores de surpreendente beleza, de colorido sintilante e instigante magia é que possível encontrar os famosos leprechauns- duendes irlandês.
No entanto você precisa ser hábil, se não pode perdê-lo num piscar de olhos. Conta a lenda que os leprechauns são rápidos e hostis, vivem sozinhos e passam o tempo fazendo sapatos. Se você conseguir capturá-los, eles podem te mostrar onde está o pote de ouro, em troca da liberdade...

Phoenix Park- Dublin


hummm, um chá e um pedaço de bolo de limão com blueberries- frutinhas azuis, alguns amigos, esquilos pelas àrvores, a mente ativa e no fundo um razo e permanente silêncio...

Phoneix Park- Dublin

Sem nem saber da hora, como quem
já se habitua à novos custumes
e nem se dá conta.
O chá das cinco...

Phoenix Park- Dublin



caminhar...deixar-se perder no tempo,

esquecer que te chamam -resposta,

contemplar,

apenas estar...

no verde-detalhe...

Irlanda- Dublin



...da janela de casa...num dia em que a chuva

deixou entrar o sol...e ele de tão sobrio desejo, ficou até findar o dia...